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Como funcionam os tratamentos para melanoma

O melanoma é um tipo de câncer de pele que ocorre nas células produtoras de pigmento, os melanócitos. Embora seja menos comum do que outros tipos de câncer de pele, o melanoma é mais agressivo e pode se espalhar para outras partes do corpo, tornando-o potencialmente letal se não for tratado precocemente. Por isso, entender como funcionam os tratamentos para melanoma é essencial para aqueles que enfrentam essa condição, assim como para seus familiares e cuidadores.

O que é melanoma?

O melanoma é caracterizado pela formação de tumores pigmentados na pele, geralmente em áreas expostas ao sol, como rosto, pescoço e braços. No entanto, ele pode se desenvolver em qualquer parte do corpo, incluindo áreas não expostas, como as palmas das mãos, solas dos pés e sob as unhas. 

A exposição prolongada e intensa à radiação ultravioleta (UV) do sol ou de fontes artificiais, como câmaras de bronzeamento, é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do melanoma.

Diagnóstico do melanoma

O diagnóstico precoce é crucial para o sucesso do tratamento do melanoma. Geralmente, o processo de diagnóstico começa com uma análise clínica da pele feita por um dermatologista. Este profissional avalia manchas, pintas ou lesões suspeitas utilizando a regra “ABCDE”: Assimetria, Bordas irregulares, Cor variada, Diâmetro superior a 6 mm e Evolução da lesão. Se a suspeita de melanoma for alta, uma biópsia da lesão será realizada para confirmar o diagnóstico.

Uma vez confirmado o diagnóstico, exames adicionais, como tomografias, ressonâncias magnéticas e exames de sangue, podem ser realizados para determinar a extensão do melanoma e se ele se espalhou para outras partes do corpo, um processo conhecido como metástase.

Estágios do melanoma

O melanoma é classificado em diferentes estágios, que variam de 0 a IV, dependendo da profundidade do tumor na pele, se ele se espalhou para os linfonodos próximos e se há metástases em órgãos distantes. Esta classificação é essencial para definir o plano de tratamento mais adequado.

  • Estágio 0: Também chamado de melanoma in situ, o câncer está apenas na camada mais externa da pele (epiderme) e não se espalhou.
  • Estágio I: O tumor é pequeno, com menos de 2 mm de espessura, e não se espalhou para os linfonodos.
  • Estágio II: O tumor tem mais de 2 mm de espessura, mas ainda não se espalhou para os linfonodos.
  • Estágio III: O melanoma se espalhou para um ou mais linfonodos próximos.
  • Estágio IV: O melanoma se espalhou para outros órgãos, como pulmões, fígado, cérebro ou ossos.

Tratamentos para melanoma

Os tratamentos para melanoma variam dependendo do estágio do câncer, da localização do tumor e da saúde geral do paciente. A seguir, abordaremos os principais tipos de tratamentos disponíveis.

  1. Cirurgia:  a cirurgia é o tratamento primário mais comum para o melanoma. Nos estágios iniciais, a remoção cirúrgica completa do tumor pode ser curativa. Durante a cirurgia, o tumor é removido junto com uma margem de pele saudável ao redor para garantir que todas as células cancerígenas sejam eliminadas. Em casos de melanoma que se espalhou para os linfonodos, esses também podem ser removidos cirurgicamente.
  2. Imunoterapia: a imunoterapia é uma abordagem que fortalece o sistema imunológico do paciente para que ele possa combater o melanoma de forma mais eficaz. Este tipo de tratamento é particularmente útil para melanomas avançados ou metastáticos. As terapias mais comuns incluem inibidores de checkpoint, como pembrolizumabe e nivolumabe, que bloqueiam proteínas que impedem o sistema imunológico de atacar as células cancerígenas.
  3. Terapia Alvo: a terapia alvo é usada para tratar melanomas que possuem certas mutações genéticas, como a mutação BRAF. Medicamentos como vemurafenibe e dabrafenibe são exemplos de terapias alvo que atacam diretamente as proteínas alteradas pelo gene mutante, ajudando a retardar ou interromper o crescimento do melanoma.
  4. Radioterapia: a radioterapia utiliza radiação de alta energia para destruir células cancerígenas. Ela é frequentemente usada quando o melanoma se espalha para os linfonodos ou outras partes do corpo e pode ser uma opção paliativa para aliviar sintomas em casos avançados.
  5. Quimioterapia: embora menos comum para melanoma em comparação com outros tipos de câncer, a quimioterapia pode ser utilizada, especialmente em casos onde a imunoterapia e a terapia alvo não são eficazes. A quimioterapia utiliza medicamentos para destruir células cancerígenas em todo o corpo.
  6. Terapias Combinadas: em alguns casos, uma combinação de diferentes terapias, como imunoterapia e terapia alvo, pode ser usada para aumentar a eficácia do tratamento. A escolha da combinação depende de vários fatores, incluindo o perfil genético do tumor e a resposta do paciente aos tratamentos anteriores.

Prognóstico e qualidade de vida

O prognóstico para pacientes com melanoma varia amplamente dependendo do estágio em que o câncer é diagnosticado e tratado. Nos estágios iniciais, o prognóstico é geralmente excelente, com taxas de sobrevivência de 5 anos acima de 90%. No entanto, à medida que o melanoma avança, especialmente nos estágios III e IV, o prognóstico se torna mais reservado.

Além disso, a qualidade de vida dos pacientes durante e após o tratamento é uma consideração importante. Efeitos colaterais dos tratamentos, como fadiga, náuseas e alterações na pele, podem impactar a vida diária dos pacientes. É essencial que os pacientes tenham suporte médico contínuo, além de apoio emocional e psicológico, para lidar com os desafios do tratamento e da recuperação.

O melanoma é uma forma agressiva de câncer de pele, mas com o avanço das opções de tratamento, muitas pessoas conseguem vencer a doença ou viver com ela de forma controlada. Desde a cirurgia até as mais recentes terapias-alvo e imunoterapias, os tratamentos para melanoma são variados e complexos, adaptando-se às necessidades específicas de cada paciente. O diagnóstico precoce continua sendo a melhor estratégia para melhorar as chances de cura e minimizar o impacto do melanoma na vida dos pacientes.